Dia do Professor — O Brasil precisa acordar antes que o giz acabe

Hélio Laranjeira

10/15/20252 min read

Hoje é o Dia do Professor.

Mas não é dia de flores, de bombom ou de frases prontas.

É dia de acordar.

Acordar para o fato de que estamos ensinando menos do que poderíamos,

aprendendo menos do que deveríamos

e valorizando menos do que merecemos.

Enquanto o mundo cria, inova, testa, erra e avança,

nós seguimos corrigindo prova com caneta vermelha

e corrigindo o futuro com esperança.

E esperança sem ação é só espera.

Entre heróis e sobreviventes

Chamam o professor de “herói”.

Mas herói de quê,

se o vilão é o sistema que o impede de ser livre?

Herói de resistência? Talvez.

Mas o professor não quer medalha — quer condição.

Quer tempo para pensar, criar, inspirar.

Quer ser protagonista,

não figurante de um currículo engessado do século passado.

A sala de aula não cabe mais dentro das paredes

Enquanto falamos de “metodologias ativas”, o quadro ainda é branco.

Enquanto o mundo fala de Inteligência Artificial, muitos professores ainda lutam com o Wi-Fi.

E enquanto os alunos criam vídeos virais, a escola ainda proíbe o celular.

Precisamos repensar o processo de pensar.

Educar não é repetir — é reinventar.

É transformar curiosidade em conhecimento

e conhecimento em ação.

É fazer da escola o maior laboratório de futuro que o país já teve.

Fazer mais com menos — e melhor com o que já temos

O Brasil tem tudo para ser uma potência educacional:

gente criativa, ideias geniais, vontade de mudar.

O que falta é direção — e coragem.

Coragem de parar de discutir o “se” e começar o “como”.

Coragem de fazer da sala de aula um espaço vivo,

onde ensinar seja tão instigante quanto aprender.

O professor do século XXI não precisa de aplausos de um dia —

precisa de liberdade de criação o ano inteiro.

De sistemas que confiem nele, não que o aprisionem.

De políticas que o ouçam, não que o silenciem.

Professor, o Brasil precisa de você desperto

Hoje, mais do que comemorar, é dia de refletir.

Ou acordamos juntos — professores, gestores, governos e sociedade —

ou continuaremos dormindo em meio à revolução.

Porque o futuro da educação não vai esperar.

E se o professor é quem ensina a sonhar,

então agora é hora de sonhar acordado